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Conferência IFALPA: Saiba como foi a participação brasileira

O Brasil esteve presente entre os dias 4 e 8 de maio à 72ª Conferência da IFALPA (International Federation of Air Line Pilots´ Associations), com uma delegação formada por membros do SNA, representante dos pilotos brasileiros na entidade, ASAGOL e ATT.
 
Realizada em Montreal, no Canadá, a Conferência reuniu pilotos de todo o mundo por meio de suas entidades de classe, além de representantes governamentais, de órgãos reguladores e de empresas aéreas, que debateram o atual cenário da aviação mundial sob aspectos técnicos, operacionais, regulatórios e trabalhistas.
 
Logo no primeiro dia a delegação brasileira esteve presente ao Global Pilots´ Symposium, onde acompanhou palestras que abordaram a indústria, o impacto humano das mudanças, a colaboração em um contexto global, práticas atípicas de contratação e mídias sociais.
 
Os principais eventos para o Brasil começaram, no entanto, no dia 5 de maio com as reuniões dos Comitês técnicos da IFALPA, tendo a ASAGOL representado o país no HUPER (Human Perfomance).
 
Durante o encontro do Comitê, que tem como escopo de trabalho a saúde dos tripulantes, fatores humanos e treinamento, a Associação de Pilotos de Linha Aérea da Austrália (AusALPA) agradeceu o suporte dado na questão da exposição de tripulantes à radiação ionizante, para o qual houve contribuições técnicas oriundas de um trabalho desenvolvido pelo Cmte. Amilton Camilo Ruas (ACR Consultoria Aeronáutica) em parceria com a ASAGOL.
 
Aos Comitês seguiram-se os encontros regionais, dentre os quais figura a região do Caribe e América do Sul (CAR/SAM), que além de envolver diretamente o Brasil conta com o Cmte. Osvaldo Neto como Vice-Presidente Executivo.
 
Na reunião do CAR/SAM, que teve como ouvinte a Cmte. Tanja Harter, Chairwoman do HUPER, o Presidente do SNA, Rodrigo Spader, fez uma explanação geral sobre os temas de maior importância sendo tratados no país nos campos regulatório, operacional e de mercado (Reforma Trabalhista, Perigo Baloeiro, FRMS e posição do Brasil quanto à instalação de câmeras nos cockpits).
 
Especial atenção foi dada à fadiga com a apresentação pelo Cmte. Tulio Rodrigues dos avanços relativos ao FRMS (Fatigue Risk Management System), com ênfase no desenvolvimento de um fadigômetro para monitoramento das tripulações brasileiras por meio de uma parceria técnica entre SNA, ABRAPAC, ASAGOL e ATT.
 
A participação do Brasil foi concluída com a presença da delegação nas reuniões plenárias do domingo (07/05), quando também a EMBRAER realizou uma apresentação sobre o atual estágio do programa E2 (novos E-Jets), e nas eleições para os cargos diretivos da entidade, realizadas na segunda-feira (08/05), último dia do evento, quando o Cmte. Ron Abel foi escolhido por aclamação para o cargo de Presidente da IFALPA e o Cmte. Osvaldo Neto foi eleito para um novo termo de dois anos como Vice-Presidente Executivo para a região CAR/SAM.
 
Fortalecimento e futuro do Brasil na IFALPA
 
Com uma presença cada vez mais forte e ativa na IFALPA, o Brasil tem sido beneficiado por meio de um amplo intercâmbio de informações e experiências visando a implementação de práticas que, adequadas à realidade brasileira, tragam benefícios palpáveis e melhorias contínuas à operação e às condições de trabalho no país.
 
Atualmente responsável por um cargo diretivo e um administrativo na IFALPA, com os Cmtes. Osvaldo Neto (Vice-Presidente Executivo para a região CAR/SAM) e Marcelo Ceriotti (Vice-Chairman do Comitê de Assuntos Profissionais & Governamentais), o Brasil tem também auxiliado os trabalhos realizados por outros países membros através de estudos em áreas relacionadas à segurança operacional e saúde dos tripulantes.
 
A participação na entidade, onde os pilotos brasileiros são representados pelo SNA com o apoio das Associações ABRAPAC, ASAGOL e ATT, tem sido assim um importante pilar na elaboração de trabalhos técnicos e científicos voltados ao desenvolvimento da aviação no país.
 
A expectativa para o curto, médio e longo prazo é de que o Brasil, através de suas entidades representativas, possa estar cada vez mais integrado ao contexto da IFALPA, favorecendo-se de uma relação mutuamente benéfica com as entidades coirmãs estrangeiras e de um intercâmbio técnico que resulte na adequação das melhores práticas internacionais à realidade brasileira.

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